sexta-feira, 27 de junho de 2008

Findo a guerra (...) Aos meus demónios interiores



Por mero acaso, voltei aos versos. Não é a escrita que mais gosto, mas deixei-me levar por momentos.
Daí resultou o que apresento em baixo.

Entre folhas do meu livro; Entre versos de amor
Entre prosas sem sentido; Procurava algum louvor
Fui crescendo comedido; Afogado em mágoa e dor
Criei em mim um partido; Sou meu próprio Criador

Fugi à minha existência; Renomeei minha parte
Aprendi pela insistência; Fazer de palavras arte
Com medo da incompetência; Ergui meu baluarte
Após a tua aquiescência; Baixo o meu estandarte

(...)

Findo a guerra ao meu ser,
Aos meus demónios interiores
Faço a minha barreira ceder
E abraço os louvores



Ao leitor, obrigado.

2 comentários:

  1. Num dia em que decidi rever alguma matéria dada no passado 12.º ano deparei-me com os heteónimos de Fernando Pessoa e lembrei-me de ti.
    Revejo na tua escrita algumas semelhanças com Ricardo Reis,o facto de não cederes aos impulsos (quando escreves sobre a tal rapariga) e o facto de procurares a calma ou pelo menos algo que te leve à ilusão de possuires a mesma.
    Revejo também algumas caracteristicas de Álvaro de Campos: a sua 1.ª fase (o decadentismo) e talvez a 3.ª (o pessimismo).
    Penso entao que estou perante um verdadeiro Fernando Pessoa do séc.XXI.
    Parabéns (apesar deste nao ser um dos meus poetas preferidos tem algumas coisas quase fantasticas)!!

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  2. mereces uma salva de palmas mesmo... gostei imenso destes teus versos. parabens continua assim ;)

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