terça-feira, 29 de abril de 2008

Estou...



Estou ausente, vim só dizer que estou ausente.
Estou longe de mim, perdido e cansado.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Seja feita a tua vontade.



O mar, calmamente, afaga a areia. O vento descansa numa confortável conversa com os ramos das árvores.
O Sol brilha, bem lá no alto…

Não, Não!!

Está uma noite escura como breu, sem estrelas. O mar, revoltado, agita-se freneticamente. O vento discute com acentuada veemência, faz ramos quebrarem e levanta exércitos de areia. Vulcões explodem de raiva e fazem as suas lágrimas escorrer pelos seus vales.
Do céu, bem lá do alto, os Deuses fazem sair espadas de luz seguidas por rugidos monstruosos.
Assim, nesta épica batalha dos elementos, eu erguer-me-ia perante todo o Olimpo. Enfrentaria a fúria dos Deuses, a sua ira. Faria chegar os dias do Fim, se necessário.
Tudo para te ter. Só para te ter do meu lado.

Mas se não for do teu agrado, seja feita a tua vontade.
Porque eu, acima de tudo, quero é que sejas feliz.

Assim é o começo do meu dia

(Velhas palavras)


Não me mates! Por Favor!
NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!

Acordei.
Estou suado e todos me olham. Estou sentado, não me consigo levantar.
Dores de cabeça. Vejo todas a coisas por onde passei, só agora que elas estão tão perto do horizonte denoto o quanto belas elas são. Parecem fugir, parecem correr para longe de mim. Agora é tarde, não dá para voltar atrás! Já não conseguirei admirar e viver aqueles momentos.
Que fiz eu? Que tenho eu? Tantas dores... PORQUÊ!?
Não percebo, estou confuso. Porque me encontro eu numa cadeira rodeado de imensas pessoas?
Sinto-me deslocado! Quero sair daqui e viver...

Há um barulho...

De inicio não percebo, mas acabo por entender. É uma voz feminina...
A sua voz dá-me forcas, não vou desistir!!!
Levanto-me e caminho em frente, saio daquele minúsculo compartimento.

Finalmente... Estou fora do metro.
As dores deviam ser excesso de inércia.

Assim é o começo do meu dia...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

És uma amiga especial



Como é bom. Sentir a chuva e o vento, caminhar a teu lado.
Num passeio à beira-rio, a falar do que calhar.
Livre do mundo por instantes.
Ou parados num jardim, a conversar.
Mas livre do mundo por instantes.
É algo que adoro e me faz bem. Muito bem. Que me ajuda a relaxar e a esquecer o lado mau de tudo. Porque isso é uma das coisas que me dá alento, os nossos passeios.
És uma amiga especial anjo.
Que permaneças...

Existem pessoas que são como a sombra

(Carta aos que fogem.)


Eu peço-te ajuda. Eu grito o teu nome em total desespero. Porém não ouves.
Não vês as minhas lágrimas, não sentes o meu aperto.
Caminhas a meu lado nos meus dias de sorriso. Foges a sete pés com o cair da escuridão. Com o vir dos dias escuros, desapareces.
Não sabes acompanhar o meu passo, não sabes como permanecer a meu lado. Eu sei que não é propositado, eu sei. Acho que és uma pessoa perdida assim. Mas, com certeza que viverás sempre rodeado de efémeros amigos, que duram até aos dias negros. Porquê?
Porque existem pessoas que são como a sombra. Só estão connosco quando há luz, quando a vida está escura eles simplesmente dissolvem-se.
E tu, tu és uma dessas pessoas.

Ah! Como é bom sonhar



A caminho de casa parei por breves instantes.
A chuva fustigava-me a cara, o vento rasgava-me a pele. Mas parei, parei no tempo.
Parei para nos imaginar bem juntos, sentadinhos num sofá a ouvir a chuva a bater na janela, o vento a ralhar com as árvores e assistir os raios fulminantes vindos dos céus.
Mas apenas nós, na nossa acolhedora casinha. Juntos, embrulhados num quentinho cobertor.
Um filme qualquer dá na TV e nós dormimos no sofá.
Ah! Como é bom sonhar...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sempre. Sempre!!



Ou porque o que eu fiz estava errado.
Ou porque não podias.
Ou porque estavas demasiadamente ocupada.
Ou porque estava mau tempo.
Ou porque faz Sol.
Ou porque o branco é branco.
Ou porque o preto é preto.
Ou porque o vento te ralha.
Ou porque o vento não se faz sentir.
Ou porque sim.
Ou porque não.
Ou porque o mar é azul.
Ou porque estás cansada.
Ou porque te dói a cabeça.
Ou porque o problema sou eu.
Ou porque o problema és tu.
“Ou porque tens medo do escuro”.

Para! Para com esse ridículo hábito de arranjares desculpas para não estares comigo.
Tens sempre que arranjar um problema. Sempre arranjas algo para te afastares.
Sempre. Sempre!!
Para com isso. Vive a vida, desfruta-a.
Se possível, vive-a do meu lado.

sábado, 12 de abril de 2008

Não sei viver sem ti



Vamos passear os dois.
Assistir os floreados infindáveis que fazem os pássaros do jardim.
Vamos passear os dois.
Sentir o vento rasgar-nos a cara e a o sol derreter-nos a pele.
Vamos passear os dois.
Ouvir o ribombar das ondas em guerra com a areia.
Vamos passear os dois.
A pé estrada fora, ver os carros a passar.
Vamos passear os dois.
Correr sob a chuva, cantar como se ninguém ouvisse.
Vamos passear os dois.
Ou podemos ficar sentados no banquinho de pedra a ver o mundo crescer.
Vamos passear os dois.
Ouvir uma banda num concerto.
Vamos passear os dois.
Podemos ir só até ao café.
Vamos passear os dois.
De mão dada num mundo só nosso.
Vamos passear os dois.
Ou podemos ficar em casa, abraçados.
Vamos passear os dois.


Vamos?
Não me interessa para onde, nem o que iremos fazer. Desde que estejas do meu lado.
E tu não estás do meu lado. Caminho perdido neste meu mundo. Tu não estás, o Sol não brilha, não chove, o vento não resmunga, não há ondas, os pássaros não cantam...
Tu não estás, eu não sei ser.
Não sei ser sem ti. Não sei viver sem ti.

Anda para o pé de mim. Só te peço que venhas, não te peço para ficares.
Fica só se quiseres, ou não estarás cá na mesma.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Estou a chorar, cheio de vontade.



Cresce em mim um ódio-próprio imensurável.
Quero-te porque te quero. E odeio-me porque não te tenho. Não confio no que sou. Tenho medo de não ser.
Estou a chorar, cheio de vontade.
Tenho vontade de vazar os olhos e sangrar por ti. Mereces que me odeie? Posso odiar-te a ti?
Gostava de estar ao teu lado. Partilhar contigo o meu dia.
Mas não posso, tu não deixas. Ou sou eu que não tenho os tomates no sitio para te puxar para o pé mim?
Estou a chorar, cheio de vontade..
Gostava de te sussurrar ao ouvido que te amo. Mas não me é permitido.
Gostava de te levar a passear. Mas não me é permitido.
Gostava de te oferecer uma flor. Mas não me é permitido.
Gostava de te fazer feliz. Mas não me é permitido. Por mais que eu queira. Por mais que eu queira fazer. Por mais que eu sonhe. Por mais que eu sonhe fazer.

Eu apenas sonho, eu apenas quero. Não tenho tomates para enfrentar os meus demónios interiores e chamar-te para dançar.


"Um dia encho-te o quarto de flores". Mas só um dia...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Postal dos Correios

Querida mãe, querido pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre dias que passam menos mal
Lá vem um que nos dá mais que fazer

Mas falemos de coisas bem melhores
A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que é um emprego com saída

Estávamos em 1998, era a festa de final do quarto ano da minha tão querida irmã. Ela (a querida Mãe), o Tiago (o querido Pai), o João (O miúdo dos computadores) e outros. Cantavam e representavam esta linda música, "Postal dos Correios". O miúdo sentado ao computador, a mãe e o pai comiam broa e bebiam groselha. Eu assistia sentado no chão do pavilhão, as cadeiras estavam atrás, estavam lá os pais.
Uma alegre memória que ficará para sempre.


Cá chegou direitinha a encomenda
Pelo 'expresso' que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça pra merenda
Sempre dá para enganar a saudade

Espero que não demorem a mandar
Novidade na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de candeio?

Já não tenho mais assunto pra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal

Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal(3x)

Data de esse mesmo ano a minha mais antiga lembrança de ti anjo.
Em finais de Janeiro do ano que se seguiu entrei na capoeira. Passei lá grande parte do meu tempo durante os seguintes anos. Anos que me facultaram muito boas recordações.
Deixam saudades. Ah, saudades.

Sabes irmã, as vezes (talvez demasiadas vezes) paro e imagino-nos em criancinhas. Sempre pegados, mas sempre bem dispostos.
Como gostava de ti. Como te amo.
Como vos amo a todos, minha família.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Eternidade promíscua



Uma palavra, um sorriso, um suspiro, um olhar, um bocejo, tudo e mais qualquer coisa.
Sinto falta dessas tuas pequenas coisas. Sinto falta da tua presença.
Tenho saudades.
Um dia fujo, levo-te comigo para um mundo intangível.
Um mundo onde nós somos Deuses, porém não existem crentes. Apenas nós.
Quero estar a sós contigo numa eternidade promíscua.
Onde tudo é nada e nada é tudo. Mas onde eu faço parte de um nós.
Onde eu caminho a teu lado, onde eu consigo sorrir sem ter que me esforçar.

Onde eu não preciso de sonhar para te ter.
Vem! Agarra a minha mão e vem.
Vamos criar caminhos…