quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Paradoxo de Zenão



O paradoxo de Zenão diz que é impossível para qualquer ser alcançar um ponto.
Dando (eu) como exemplo uma parede e um animal, o animal dirige-se para a parede. Antes de alcançar a parede o animal deve alcançar o ponto intermédio entre si e a parede. De seguida deve alcançar o ponto intermédio entre si (o anterior ponto intermédio) e a parede.
Será assim infinitamente. Para alcançar o ponto-objectivo também o tempo deverá ser infinito. Uma distância infinita só pode ser alcançada num tempo igualmente infinito, mas não sendo permitido ao homem viver um tempo infinito não lhe é permitido alcançar qualquer ponto.

Algo assim...

É por isso que não chego até ti?

PS: No original é dado como exemplo a tentativa de atravessar um estádio.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Hoje não estou aqui.



Hoje não estou aqui.
Estou algures perdido a sonhar; Contigo.
Sonho...
Sonho que estás lá; Comigo.

Por um momento consigo não ter saudades.
Por um momento consigo conter as lágrimas.
Por um momento consigo ver-te; sentir-te.
Por um momento consigo voltar a ser eu.

De volta ao mundo, tu não estás.
Alguma vez estiveste?

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Quando te encontrar dou-te um beijo.



Sem saber para onde caminhar, deito-me na areia. Estou novamente na praia e desta vez faz sol. Brilha bem lá no alto e queima-me a cara, seca-me as lágrimas. Penso, agora ao som de Rui Veloso. "Ladrão enamorado". Está em "repeat all", o que virá depois? Depois de tudo o que posso ser agora, o que serei? Não sei o que quero ser para ti.
Ah! Como é agradável este sol. E este cheiro. Tão comum, mas ainda assim tão bom. Parece-se contigo. Tão simples, mas tão especial. Quem és tu que não me sais do coração? Mostra-te!!

Ah! Parece que era a "No Promises" de Shayne Ward que vinha depois. Gosto desta música.
Tudo tão calmo. Apenas as ondas estão numa eterna revolta. Numa eterna batalha contra os infindáveis grãos de areia, guerrilham pela conquista de terreno. O mar avança, ataca com toda a sua força, recua fatigado. E ataca novamente com ainda mais força. 7 vezes, e começa de novo de mansinho. Vai aumentando a sua força numa nova investida.
Tudo isto me alenta, mas não me rouba o medo! Qual medo? Eu nem sei quem tu és...
Revela-te!! Cobarde! Mantens-me neste eterno suspense.
Amo-te! Odeio-te! Quero-te!....longe de mim!

Vem para o meu lado. Deixa-me saber de quem tenho saudades, faz de mim o que quiseres. Faz teu o meu coração. Só te peço que me digas quem és para poder amar-te mais.
És tu? Tenho medo que não sejas. Devo partilhar contigo quem julgo que és? Tenho medo que não me acredites. Quero ser eu! Mas faltas tu...

Quando te encontrar dou-te um beijo. Por agora, apenas desejo.
Até esse dia, que seja em breve...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Caminho... Vagueio sozinho



O vento furioso afaga-me a pele nua. Sinto na face escorrer mais uma lágrima. Mais uma saudade que deixo fugir. Sonho contigo, viajo no tempo. Pois apesar da tua continua existência física, o teu eu com que sonho só existiu num tempo muito limitado. Um tempo que foi meu, mas que não dei o seu devido valor.
Tu! O ser da minha admiração que descansa no pedestal que eu mesmo fiz. Encontrei-te um dia. Um dia passado. Temo encontrar-te, pois temo de novo perder-te.

Caminho... Vagueio sozinho. Sem ti ao meu lado.

Perdi o teu primeiro ser corpóreo. E por mais que tente encontrar, tu já não estás lá.
Julgo ter encontrado a nova mulher onde repousas. Tenho medo que fujas, por isso fujo eu. E sofro.... antes de sequer ser feliz.
Amo-te. Qualquer que seja a tua forma ou o teu nome. Venero a tua existência.
Amo-te. Por muito que isso me roube. Por muitas lágrimas que perca. Não consigo odiar-te. Se te encontrar avisa-me, agora caminho de olhos fechados.

Um beijo, não devolvas.
Um abraço, não apertes também.
O meu coração dentro duma caixinha de madeira, não estragues.... a caixa.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Estado de Espírito



No meu presente estado de espírito estou capaz de te matar. Talvez não te fizesse sofrer muito, matando-te rápido. Iria, com absoluta certeza, fazer cair sobre ti tudo o que me dói! Irias sentir parte do mundo aos teus ombros. Eu sinto! E dói! Mormente quando o teu encéfalo regista uma grande ausência de actividade e me partes o coração.
O meu coração não é de legos, começo a cansar-me. Um começar que data de há muito tempo. Ou talvez eu seja piegas, não sei. Ainda assim a culpa não pode ser só minha. Não pode!

Com uma atitude apenas (ou foi com a ausência de atitude?) tua atingi o meu apogeu. A qualquer momento rebentarei. Infelizmente, com qualquer pessoa. Peço desde já mil perdões, mas não é culpa minha. É... minha e tua. Não vou levar isto sozinho.

Vou partir algo....

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

É mais uma hora de almoço



Caminho pela praia. Vou contando os passos para gastar o meu tempo.

É mais uma hora de almoço.

Não chove, mas o frio gela os ossos. O cheiro. No conflito de cheiros dos carros, do mar e outros perfumes denoto o agradável cheiro do mar. Aquele cheiro a sal. Aquele cheiro que consegue ser muito desagradável se nos engasgarmos debaixo de água. Respiro fundo e gelam-me os pulmões como se estivesse a mascar menta. Ah! Agradável. Estou doente, e não pode haver coisa melhor senão esta sensação. Não há pássaros. O céu está nublado. Os únicos barulhos que discrimino são os carros que parecem resmungar e os meus "head-phones". No meu MP4 está a tocar Paulo Gonzo. "Leve beijo triste". Não conhecia a música até há bem pouco tempo. Gosto. E por isso agradeço à menina que ma deu.
O meu telemóvel vibra…. Parece que é hora de voltar ao trabalho.

Quem sou eu para dizer o contrário, deixo-te.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Livre-arbítrio.



"Os peritos na cultura da Antiga Grécia dizem que as pessoas naquela altura não viam os pensamentos como pertencendo a elas mesmas. Quando os antigos gregos tinham um pensamento, ocorria-lhes como sendo um deus ou uma deusa a dar uma ordem. Apolo estava a dizer-lhes para serem corajosos. Atena estava a dizer-lhes para se apaixonarem.
Agora as pessoas ouvem um anúncio a batatas fritas de coalhada e correm a compra-las, mas agora chamam a isso livre-arbítrio."

Fonte: Lullaby Canção de Embalar
Autor: Palahniuk, Chuck

Caia fulminado quem se diligenciar a dizer o contrário.
Não tenho nada a acrescentar. Apenas que é um bom livro. E que criticas como estas se lêem frequentemente num qualquer livro de Palahniuk. Vou a meio do terceiro livro dele. Um outro espera-me na estante. E outros dois nas lojas. Tudo a seu tempo.

Bem, vou continuar a leitura.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Um mundo curioso.



Os transexuais e os travestis são aqueles que mais dizem que o que importa é a beleza interior. Mas não são eles os primeiros a mudar a aparência?
Os pobres são os primeiros a dizer que o dinheiro não traz felicidade e que é ignóbil o materialismo. Mas contraem dividas enormes em finais de Dezembro para satisfazer o seu asqueroso desejo de compra. E não explodem eles de felicidade quando, por qualquer boa fortuna, o seu capital aumenta disparatadamente? Não é dos seus pensamentos mais frequentes "Gostava de ter..."?

É um mundo curioso este em que vivemos. E existem coisas mesmo engraçadas nele. Só necessitamos de olhá-lo com atenção.

Tirei este momento para deixar estas palavras. Entende-as como quiseres. Quanto a mim, volto para o trabalho!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

É algo que não acontece sempre.



A melhor parte dum grande amor é a amizade. São dois nomes dados ao mesmo sentimento.
Embora relutantes, creio que todos sabem que amor é indefinido.
É... o que nós fizermos dele.
Tenho uma irmã. Tenho 4 irmãs. Uma delas não é biológica. Já senti diversas coisas por ela. Tudo o que te passar pela cabeça leitor. Sim, tudo. Cabe-te a ti moderar o teu pensar.
Agora, amo-a mais que tudo. Amo-a como aos do meu sangue.

É algo que não acontece sempre.

É algo que só acontece com muito esforço e disposição. Tens que dar um pouco de ti e fazer vosso o que era apenas teu. Não há manual! Gostava de poder ensinar. Sou o maior sortudo que há. Sou um auto-didacta. E ensinei-me o que é uma verdadeira amizade.
A essa amizade devo muito do que sou. Devo mais a mim. Mas o que é meu, é nosso.

Novamente te deixo.

PS: Ao ler-me denoto que tudo o quanto disse fica à sombra de tudo o quanto queria dizer.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Textos Mentais



É tarde. Incrivelmente não faz frio.
Suspiro. Tanto para dizer, tão poucas as palavras.
Quis vir aqui. Tinha saudades. Sem saber de que vos falar decidi deixar pequenas passagens de alguns textos mentais feitos há algum tempo mas que, por dificuldade em fazê-lo, nunca documentei. Aqui ficam.

"Na tua sombra caminhei tentando aprender a andar! Bateste na parede. E eu, inocentemente grato, bati em ti. Senti dor, mas ao ver o teu sorriso com a insólita situação, sorri também."
In Confissões a alguém querido.

"Os corajosos não são isentos de medo. Apenas têm no recôndito da sua existência uma força que os faz enfrentar esse medo. Os cobardes são, regra geral, demasiado observadores e, como tal, sabem mais da possibilidade do torto que os corajosos. Deixam portanto as grandes façanhas para os mesmos."
In A inutilidade da coragem.

"Na minha crença da sua inexistência apenas conheço a vida pela sua ausência! Mas se ela por aqui passar sorrir-lhe-ei de soslaio."
In Dialectos de Felicidade.

"Se o meu maior sonho cair por terra será mais fácil apanhá-lo!"
In O lado nefasto do sonhar.

"Vivo. E sem porquê aparente, vivo triste. Apesar de não serem cegos não conseguem ver. A decadência. A frenética necessidade material do Homem. Nasci no tempo errado!"
In Carta de um suicida


Por hoje é tudo. Não consigo recordar-me de mais nenhum texto mental, como consequência não consigo retirar deles nenhuma passagem.
Deixo-te.

ps: estou a irradiar de felicidade.