sábado, 15 de dezembro de 2007
Um Natal novo está à porta!
O tempo passa. E um novo Natal está à porta!
Com ele vem uma revolta que cresce dentro de mim. Como todos sabem o Natal é uma festa Católica que comemora o nascimento do seu Messias. Sim! Católica! A igreja ortodoxa comemora o Natal a dia 7 de Janeiro. A Católica é que é a dia 25 de Dezembro. Por isso acho que está correcto dizer que é uma festa Católica, mesmo sabendo que seria mais correcto referir-me ao dia em causa como uma festa Cristã.
No "Natal" (posteriormente perceberão o porquê das aspas) a família reúne-se, fazem a jantarada, a troca de prendas, comem umas 'lambetas', dão duas de letra.
Enfim, um dia como há poucos. Afinal, se virmos bem, não é todos os dias que a família se pode reunir toda à volta da mesa da sala de jantar a partilhar os episódios mais cómicos do ano que quase finda ou a discutir as últimas controvérsias do mundo dos media.
O Natal (agora sim, sem aspas) é a tal comemoração, que quase todos se esquecem, do nascimento do menino Jesus. Aquele menino que, tornado homem, realizou 35 milagres, segundo reza a lenda. Aquele menino que foi negado 3 vezes pelo seu escolhido apóstolo Simão Pedro que viria a ser o primeiro Bispo de Roma. O termo Papa só começou a ser aplicado alguns séculos mais tarde, mas hoje é considerado como o primeiro Papa da Igreja Católica e seu fundador. Um pouco anacrónico, não?
Isto é o Natal. Aquilo que 90% ou talvez mais da sociedade hoje em dia faz não é celebrar o nascimento de Cristo. É sim uma tradição familiar que tem raízes num passado anterior ao nascimento dos presentes e ausentes, mas cujo sentido mudou.
Já para não falar no uso da árvore artificial iluminada com inúmeros objectos funcionantes a electricidade, coisa considerada impensável no dia original do seu nascimento.
Não faz sentido.
Eu pergunto-me porque é que, não sendo católicos, insistem em chamar essa pequena tradição familiar de Natal. Força do hábito?
Mais me espanta ainda que seja apenas nesse dia, 24 de Dezembro pela noitinha, que todos decidem juntar-se. Famílias que muito provavelmente não o fazem mais que essa vez no ano quando o mesmo tem usualmente 365 dias!
Deixa-me triste que as pessoas apenas se dediquem com semelhante veemência à família nesse feriado religioso que para eles não faz sentido.
Duas comemorações. Natal e união familiar. Apenas coincidem no dia, como tal não deviriam ser chamadas pelo mesmo nome. Alias, não me revoltaria se nem nome lhe dessem, pois uma tradição familiar não tem nome. Revolta-me que insistam em dizer que essa sua tradição é a essência Natalícia.
Retiro-me. Até mais!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Cristo nasceu no Outono, como relatam os textos sagrados... como não se sabia o dia certo e como a maneira de contar os dias mudou muito entretanto escolheu-se o dia 25 de Dezembro por ser a data da vitória de uma das "batalhas santas"! Talvez este facto explique o que fizemos ao Natal!
ResponderEliminar