sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Um episódio nada usual
Viva! Caro leitor, hoje te escrevo com uma felicidade que há muito não sentia.
Nada mudou, apenas relembrei um pouco o passado. Um passado mais antigo que todos os meus tormentos. Um passado que gostava de reviver.
O meu dia começou bem. Uma simples mensagem de bom dia de alguém que me ama mais que eu a ela. Animou-me. É tão bom ser amado. Só lamento não conseguir responder com a mesma moeda.
Estou a trabalhar. Numa das coisas que sempre sonhei. Sim, uma das.
O meu maior sonho era ser astrónomo. Nunca tentei sequer! Se eu concretizasse o meu maior sonho que me restaria para dar força? Nah! Deixem-me sonhar!
Perto do fim do dia tudo desabou! O meu patrão é o racismo em pessoa. E eu, logicamente, tenho que ouvir e calar.
"Selvagens" parece ser uma palavra bastante comum para ele.
Enfim, estou feliz demais para me preocupar.
Um episódio nada usual;
No caminho para casa caiu sobre os meus olhos um pesado sono. Estava no metro quando adormeci. Eu saio na última paragem e são 40 minutos de viagem. Achei que não me devia preocupar. Deixei-me levar. Deixei-me embrenhar no sonho eminente.
Tudo vazio, não há paredes, não há mobília, não há chão ou tecto. Apenas Vazio.
Ao longe consigo distinguir um vulto. Um vulto feminino que caminha para mim.
Sinto o coração acelerar com cada passo desse desconhecido ser. Em contra luz distingo a sua forma. As suas curvas. A sua perfeição.
Chega-se a mim, beija-me e leva-me para o mais profundo sonho.
Erro crasso!
O metro pode sempre ir para a recolha!
Acordei com um leve toque no ombro. O metro tinha ido e estava de volta à estação. As pessoas entravam. Um simpático rapaz acordou-me.
Confuso, tentei subir pelas escadas rolantes que apenas desciam.
Foi um episódio com uma certa piada. Ri-me de mais com ele.
Queria partilhá-lo.
No caminho para casa, já um pouco longe da estação, encontrei uma velha amizade. A passada amizade que adoraria reviver como miudinho inocente que nada sabe e que nada quer saber.
Era tão bom ser criança! É a única coisa que a vida deixa saudades, creio.
Tudo o mais passa à história se nos distrairmos.
Bem, retiro-me.
Gostei deste tempo que me dedicaste leitor, até breve.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário