segunda-feira, 7 de julho de 2008
Eu sou uma Fénix suicida.
Sobe o pano.
Começa a dança teatral de olhares subtis e sorrisos ténues.
Entre ensaios, entre cenas, actos e peças. Entre peças e mais peças. Entre aplausos, urras e assobios. Por vezes, entre apupos. Entre a excitação do começo e a respiração ofegante do final. Entre o Génesis e o Apocalipse do meu ser.
Entre nós. Entre mim e ti; na dança sublime de cruzares de campos de visão.
Eu morro.
Uma e outra vez. Perco todo o meu vigor.
Do compasso da tua voz saem flechas de coisa nenhuma, invisíveis aos olhos do mais poderoso dos deuses, que me atingem no peito e me trespassam o coração. Essas flechas, essas setas mortais, sou eu quem as cria. Vejo, em tudo o que és tu, perigo, a morte.
Lentamente… Eu morro.
Uma e outra vez. Perco todo o meu vigor.
Trazes-me à vida num ápice. Tal como me matas de novo. Ainda na minha convalescença vejo-me forçado a largar a vida. A deixar tudo para trás.
As tuas palavras, os teus olhares imperceptíveis, os teus sorrisos indecifráveis.
Tudo isso me mata. Acho sempre que tudo é culpa minha, julgo sempre que fiz uma qualquer asneira.
Deixas-me viajar até às portas da morte, até ao apogeu do ódio próprio. E agarras-me para a vida.
Um sorriso meigo, um olhar que me faz dócil.
Trazes-me à vida.
Uma e outra vez. De espírito renovado.
E fico assim, numa peça eterna. Até que tu te canses ou que eu me feche novamente no meu mundo.
Isto cansa e faz-me acreditar que eu sou apenas uma merda duma Fénix suicida. E Tu; Tu és a cinza de onde renasço.
PS: Não sabia que nome dar-te. Chamar-te-ei de Thalia. Uma das nove musas.
Então, Thalia, foi um prazer falar contigo.
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Sou já uma musa? Uau... Estou a sorrir... Preciso de um conselho do meu desiquilibrado preferido...
ResponderEliminarThalia