sexta-feira, 7 de março de 2008
Diálogo (Ou monólogo?)
Diálogo (Ou monólogo?) de amigos que existem para quem vê de olhos fechados.
-Olhas! Observas com sublime atenção tudo o que te rodeia. Olhas as árvores e seus ramos. Olhas os animais e suas sombras. Desconfias de todo o uivo que o vento faz. Que procuras?
-Procuro-me, velho amigo.
-Encontra-te então, caminhemos de mão dada, unidos pelo coração. Somos uno se assim o quisermos. Vive a tua vida, tu só! Sem precisares dos outros. Mas deixa que os outros façam parte dela sem que precises. E aí, só aí vais ver que realmente necessitas, pois o piso em que caminhas é instável e apenas são permitidos grupos na vida. Sustenta-te sozinho, mas não te isoles. Ama-te e só assim te permitirás ser amado.(...)
-Ali estou eu, junto daquela menina. Ela transporta(-me) o meu coração. Eu sabia que me ia encontrar. Mas ela não se deixa ser minha, essa perfeita menina. Odeio-me porque não sei onde peco. Que dizias?
-Nada meu amigo, meu irmão. Palavras d'um jovem louco. Precisas errar meu caro, erra o mais que possas e aprende. Tudo quanto os outros possam dizer, nunca será tão sábio como a tua própria experiência. Gostava de poder ajudar-te... mas a experiência não se transmite.
-Ah! Como é bela! Dizias algo irmão?
-Nada a que devas dar demasiada importância, estás cego a amar perdidamente sem te amares primeiro e, assim, afastas quem já te amava.
-A batalha do vento e das folhas não me permite ouvir o que dizes irmão. Vou ter com aquela bela menina, mulher. Vou ver se deixa que a ame mais um pouco....
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